Valorização das empresa no Mercado em Moeda Nominal x Moeda Constante: a diferença entre ilusão e realidade

Ainda é comum no Brasil comparar valores históricos sem considerar o poder de compra da moeda no tempo. Tecnicamente, isso é incorreto e pode levar a conclusões completamente equivocadas.

A explicação é simples. A moeda nominal reflete valores correntes, sem ajuste pelo impacto da inflação. Já os valores em moeda constante, equalizam e atualizam todos os números para uma mesma base de valor. Com isso, é possível medir de fato a criação ou a destruição de riqueza da empresa e para o acionista ao longo do tempo.

O exemplo da apresentação demonstra o comportamento de 199 empresas do IGC entre 2020 e 2024.
Em moeda nominal, parece haver um ganho de riqueza de 28%, com aumento do patrimônio líquido e valorização aparente do mercado.
No entanto, quando os valores são atualizados para moeda constante, ou seja, com o mesmo poder aquisitivo há uma inversão de valores em relação a moeda nominal, que constata a realidade comprovada no histórico analisado: há uma perda efetiva de 38%, o que representa uma destruição de cerca de R$ 940 bilhões em VAM (Valor Adicionado pelo Mercado).

Comparar valores nominais de anos diferentes é o mesmo que comparar quantidades diferentes de riqueza como se fossem iguais. A análise correta deve sempre considerar moeda constante, para revelar a realidade econômica por trás dos números.

Leia mais sobre o tema da palestra para a Diretoria Vogal do IBEF-SP, realizada em 31/10/2025, clicando na apresentação abaixo: