A Ilusão do EBITDA – FCO e Decisões de Investimento – Revista RI nº 297

Embora amplamente adotado pelo mercado como indicador preferencial, confiar no EBITDA para medir a geração de caixa ou guiar decisões de investimento é uma armadilha perigosa. Este artigo aprofunda a discussão sobre quanto o uso do EBITDA distorce as decisões de investimentos de longo prazo (CAPEX), criando uma percepção enganosa de retorno, mascarando a realidade econômica no tempo.

Com base na análise das empresas do Índice de Governança Corporativa da Bovespa, o artigo expõe dados alarmantes: 43% delas não geraram caixa suficiente nem para pagar suas dívidas de curto prazo, enquanto o EBITDA superestimou o Fluxo de Caixa Operacional em 54%.

A verdadeira bússola para a gestão é o Fluxo de Caixa Operacional. Ele integra o Balanço Patrimonial, a DRE, e com auxílio do ROIC, mede a eficiência do capital investido. Demonstra-se então, que as empresas que focam apenas no EBITDA, podem estar, na verdade, destruindo valor ao tomar decisões de investimento de forma ineficiente.